segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Covardia poética


Escrevo porque tenho vontade. 
Escrevo, agora, parado ao lado do sol, na ânsia de ver meu corpo relaxado de tantas tensões do pensamento. Tensinar somente os dedos.
Não entendo o pouco que compreendo, penso muito e nada adianta.
Quero parar de pensar. Pensamentos não valem nada, tantos momentos, tantos projetos, tantos tantos... resumidos ao vazio,ao inseguro, a sua forma.
Estou desterrado!
Sem onde pisar, sem parede que me proteja, sem assoalho que me retenha. Só um teto que pressiona incansavelmente minha cabeça.
Isso é criação? Da tragédia, da dor, do pânico, criar?
Se for, quero a falta de inspiração eterna.


foto Fábio Veloso
Ouro Preto/MG - Centro de Convenções - Festival de Inverno de Ouro Preto e Maria, Fórum das Artes 2008.

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