Fabiana
Aparecida de Carvalho (Fabulosa)[1]
Cleberson
Diego Gonçalvez (Maddox)[2]
Este texto é um pequeno tratado
contrário às perseguições direcionadas a um Anti-Édipo. Propositadamente, ele é
sem "sem nexo, pierro, retrocesso"[3];
acadêmico e não acadêmico, anti-justificativa, anti-tese, anti-norma. Mesclado
às nossas percepções ordinárias, devir-pequeninho, prosaico, coisa de
passarinha diante dos que passarão[4].
O Lattes passa, a vida fica! O Lattes acumula, a educação expande! O Lattes é
máquina do Estado, a produção de subjetividades é máquina de guerra... O Lattes
é preciso (não se pode negar), "mas ele é crime, porque não quer dizer
nada; recusamo-nos a avaliar alguém pelo Lattes"[5],
não se avalia somente por ele, pela ABNT, por teses e artigos? O que escapa de
artigos e teses? Desejo. Desejo de se contar. Eu desejo. Tu desejas. Nós
desejamos. Eles Lattes. Nós mordemos. Vos-outros, nós-outros devemos lembrar: a
vida não cabe no Lattes!
[...]
NãO SERei narcisisTÁ
nÃO serEI NARciSta
Não seRei narcisa
n ã o s e r e i n a r -c i s
nÃO serEI NARciSta
Não seRei narcisa
n ã o s e r e i n a r -c i s
n.ã.o.s.e.r.e.i
lattESPELHO
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U
douto-doutô-doutor
d.r.
dÊ ErrÊ
dr
DR
dr.: Não é título -
é discussão de relação![6]
[...]
No dia 19 de maio deste ano, a
Página Web denominada “Universo
Racionalista” publicou uma crítica acerca da dissertação de Tarcísio
Moreira Mendes, defendida na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), sob
orientação da Profa. Dra. Sônia Clareto e com o título de: "Uma educação esquizita. Uma formação bricoleur processo ético e
estético e político e econômico".
A página fez
contundentes alusões à metodologia lançada pelo aluno, garantindo que a mesma
se desconectava e se descaracterizava dos passos e dos processos de produção científica
acadêmica, tradicionalmente aceita como criteriosa e convalidada como séria
pelos pares e pelas instâncias educacionais respeitadas no país. A dissertação também
fora acusada de ser "uma vale tudo academicista e escrachado”, justificado,
ademais, pelo desregramento filosófico das Ciências Humana – a deliberação para
que fossem forjadas, na dissertação, experimentações pessoais e folhas escritas
à revelia dos balizadores NBR da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) e dos investimentos em pesquisa da Comissão de Aperfeiçoamento de Nível
Superior (CAPES). Cinco dias após, o Jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, também
divulgou uma nota sobre a produção, alegando que a mesma seria uma
"impostura intelectual", expressão anteriormente defendida por Alan
Sokal[7]
(matemático e pesquisador americano que, explicitamente, declarou-se contrário
à epistemologia e aos conceitos advindos da filosofia francesa), empregada para
nomear os embustes que deturpam o método científico.
A
birra tem causa e nomes: o pós-estruturalismo e o construtivismo social,
considerados, pelo autor, um sistema de teorias vagas, deturpadoras das
ciências exatas, desviantes dos conceitos físicos, inescrupulosas e poéticas. De
Jacques Lacan (estruturalista por excelência, que estabeleceu correlações e analogias
matemáticas para suas teorizações psicanalíticas sobre a formação do
inconsciente e seu sistema “significante-significado-enunciado”), a Lucy
Irigaray (feminista que denunciou a construção masculinizada da física e as
metáforas sexistas empregadas em equações e conceitos explicativos produzidos
por essa ciência), ninguém escapa da cruzada de Sokal. Gilles Deleuze é um dos
mais acusados de empregar, reiteradamente, diversos conceitos e termos
científicos fora do contexto e de compactuar com a rejeição racionalista da
ciência tradicional.
As
críticas à dissertação da UFJF, a justificativa dada junto à Sokal e os
burburinhos em rede social da internet preenchem de escaramuças a velha
dicotomia entre ciências humanas e ciências exatas, sendo, essa última, eleita
em iluminismos e positivismos a verdade do mundo...
[...]
Invenção da Ciência
I
Se Francis Bacon tivesse
nascido no Brasil, em 1561,
Chamar-se-ia Chico Torresmo
e não seria metódico,
Mas seria mandatário de
capitania hereditária...
II
Assinale a alternativa
correta:
( )
Penso, logo (r)existo.
( ) Penso, logo subexisto.
( ) Penso, logo (d)existo.
( ) Penso, logo insisto.
( ) Descartes as anteriores
III
Problema: Os micróbios
existiam antes de Pasteur?
Hipótese1: Os
micróbios não existiam antes de Pasteur.
Hipótese2: Os
micróbios foram inventados por Pasteur.
Experimento:
meio-de-cultura-leve-ao-lume-resfrie-a-0oC
Comprovação: Os micróbios
existem graças a Pasteur.
Erro de técnica: Micróbios
em laboratório não são naturais.
Considerações finais: É
preciso vacinar pessoas, Sr. Pasteur! E patentear o método na comunidade
acadêmica.
V
O que a Royal Society disse
ao ler o paper de Darwim à primeira vez?
Ora, Sir.! Vá pentear
macacos![8]
[...]
Deleuze e seus interlocutores
questionaram, justamente, essa supremacia ao deslocarem a arborescência
científica entroncada nas ciências exatas e proporem um modelo mais imanente de
mundo, menos vertical, menos substrato de poder, menos hierárquico, sem pontos
de começo ou fim, integrador, aberto, rizomático!
[...]
– gengibre.bastão-do-imperador.irís.espada-de-são-jorge.bananeira.estrelitzia.alpínia.agapanto.
orquídea.samambaia.bananeira
–
ceci n'est pas une leçon de
botanique![9]
[...]
Tivemos
o cuidado de ler a dissertação do mestrando e sua proposta de ser bricoleur a fim de pensar a arte-educação
e os processos de criação na e para a escola e para a vida, munido, propositada-subjetiva-objetiva-simplesmente,
das potências subjetivas que se valeram de seu próprio corpo.
Embora nos consideremos pesquisadores
alinhados às teorizações pós-estruturalistas, nossas leituras de Gilles Deleuze
são um tanto quanto tímidas, porém inteligíveis para compreender o que tanto o
filósofo francês quanto o acadêmico Tarcísio Mendes chamam de esquizoanálise: fluxos, métodos,
agenciamentos contrários à paranóia do sistema
capitalista, do dispositivo regulatório e do modelo de conhecimento centrado na
hegemonia científica. Lembramos: as contribuições de Deleuze têm aos poucos perpassado os territórios da educação como
ferramentas, aportes, bases que importam à crítica das grandes estruturais
universais e à problematização de categorias e proposições acontecimentais mais
ordinárias e menos totalizantes – um desses deslocamentos possíveis é pensar os aspecto
totalitário e excludente do método científico e uma ciência menor nas
instituições de produção do conhecimento, entre elas, a Universidade!
[...]
PLÁGIO - DECALQUE - PASTICHE
You have to learn portuguese -
não escrevi, mas translitero:
Usted tiene que aprender portugués
Vous devez apprendre le portugais
Sie müssen Portugiesisch lernen
你必須學習葡萄牙語
عليك أن تتعلم البرتغالية
- A língua é um ato político -[10]
[...]
A dissertação em questão contesta o formalismo acadêmico;
engaja-se com outras formas de produção não autorizadas pelas políticas
tradicionais da Universidade, abarca artefatos que vão desde o caderno de campo
do artista, denominado caderno de bordas, até uma performance[11] realizada como um
fragmento, um excerto da qualificação, que retoma o corpo como matéria primeira
de nossa existência no mundo e de nossos processos de produção de
subjetividades, de desejo, de inspiração, de inscrição. Porque o
corpo é, ele próprio, um registro da cultura, lugar visível das marcas humanas
que se revelam e se transformam na ação[12].
É preciso ler o trabalho para se situar quanto à pulsão
do aluno... Quanto ao seu desejo de potência... Quanto à sua inflexão em
relação à ciência formalística e hierárquica que dita saberes legítimos para o
mundo...
Quem produz tese, dissertação, escrita, sabe que o
processo criativo não é simplesmente sentar-se diante de um computador e digitar,
a toque de caixa, tudo que se entende sobre o objeto pesquisado, sobre os dados
conseguidos e sobre as circunstâncias metodológicas metrificadas e ordenadas na
norma culta da terceira pessoa do plural. A criação não é um ato linear e,
mesmo que se trate de inspiração e de esforço, ela é fluxo, linha de fuga e
potência que não cabem nas margens de 200 páginas com citações. Tarcísio não
reduz os resultados de sua pesquisa ao seu corpo, mas, sobretudo, e o mais
bonito de sua produção, ele nomina, no devir
pesquisa, que o corpo é ele próprio a vida.
Entendemos escrita e a autoria como micropolíticas de resistências, como escritas e
cuidados de si, como possibilidades e vislumbres num mundo ocupado por ditames
e mandos... Entendemos também que ser político e política hoje é, antes de
qualquer coisa, buscar práticas de sensibilidades que gritam, desagradam,
incomodam as grandes estruturas e mobilizam ações moleculares. Aquilo que se
funda no consenso - de fala, de escrita, de expressões, de sistemas, de vidas
subjugadas por tecnologias de poder - é, certamente, um possível aval à
mediocridade e à subordinação[13]!
Quero
uma escrita que se torne carne –
matéria
bruta, abjeta, humana –
para
conjugar sígnos, metáforas,
pessoas,
tempo, semânticas
com
a inflexão das palavras profundas
e
dos gostos incomuns.
Por
não compreender a literalidade –
Tão
pobre e rasa e canhestra,
Figurativa
e densa eu sou.
Minhas
paixões são obras abertas
plenas
de conotações de gênero
e
liberdades...
Nas
minhas tortas linhas -
bordadas
de garatujas e exclamações –
uma
deusa já manejou seu buril!
Imprimiu
em água-forte...
Abençoando
o entalhe certeiro,
grafou
a profecia que me persegue:
VÁ
SER R-ÚNICA NA VIDA!
E
após a conjura dessa sina
Não
perdôo mais os desejos apagados[14]...
[...]
A
perspectiva deleuziana corrompe a perspectiva do sujeito universal que constrói linearmente seu aprendizado e traz a
noção de transitoriedade, de entre-lugar, de deslocamento, de desenraizamento,
de zonas de contato. O que importa não é a categorização ou a fixidez de
conceitos. O que importa, numa esquizoanálise,
é idéia de andar, de fruir com o movimento e com as mudanças que se dão no
trajeto, nos desvios de rota, nos retornos sobre si sempre de formas e modos
diferentes, experimentando várias possibilidades de identidades, ou seja, em
sendo pesquisador, trafegar por um fora e por um dentro da academia e da
pesquisa, ora passivamente percebido como o contorno intocável da experiência
(pontos de angústia, de vergonha, de inibição, de criação), ora perseguido
ativamente como sua linha de fuga, portanto,
como a própria zona de experiência. Importa o mover e nele o pesquisador
reterritorializa-se em sua própria desterritorialização[15],
reinventa a ciência ao fugir da ciência, compõe subjetividades para si e para
as pessoas. Se a questão fosse perseguir uma identidade de pesquisador
acadêmico, a resposta seria: identidade não há, o que há é a (de)formação, o
que há são identificações. Esse fazer - desfazer - trafegar é aquilo que
Deleuze chama de de agenciamento e de
mutação.
Nesse
sentido, uma pesquisa não é apenas local de estruturação, mas, também de
passagens, um desconfiar das estratégias localizadoras totalizantes, quer sejam
elas científicas ou econômicas, na representação dos campos culturais, de
objetos estudados, de sujeitos da arte ou de sujeitos da educação. Fazer da
pesquisa um devir experimental é
também possibilitá-la como local de visibilidade de espaços e de sujeitos que
se cruzam, de historicidades construídas e discutidas que ficam à margem da
academia, de deslocamentos, de interferências, de interações dentro e fora das
universidades e de negociações que não estão aprisionadas na ciência universal.
[...]
Nenhum mundo fala sua verdade
livre de metáfora e livre de história por meio da objetividade neutra da
ciência[16].
Nenhuma ciência está livre de cultura. A ciência também é um ato político. A
neutralidade é cega. A unanimidade é burra. Quem disse isso não era cientista.
Que ciência você escolhe?
[...]
É
junto à dissertação produzida na Faculdade de Educação da UFJF que dizemos: é
preciso um devir Tarcísio na
academia!
No texto “Carta a um
crítico severo”, de 1973, Deleuze traçou algumas palavras direcionadas a uma
possível crítica referente ao seu trabalho; estilhaçou para si mesmo alguns
discursos, como se quisesse, numa vontade de potência, organizar respostas para
aquilo que estava por vir: “Você é encantador, inteligente, malevolente, quase
ruim. Mais um esforço…”[17]
. Esforçou-se para compreender as críticas como percurso e trilhas (as muitas
trilhas) feitas pelo autor. Nesse sentido, podemos até pensar em uma ‘quase
crítica’, na qual as fontes denunciantes perdem-se quando desconhecem aquilo de
que se fala.
O trabalho de Tarcísio
é um rizoma onde quem entra não saí! Não existem saídas num rizoma, apenas
linhas de possíveis entradas e fugas. Entretanto, por onde seus críticos e
críticas entraram e o que encontraram por lá?
Deleuze já deixou
respostas para quem acessa e se atreve a constituir fragmentos Bricoleur em uma educação esquisita... Afinal, as críticas querem
o quê? (Re)Escrever o percurso de Tarcísio “por humor, acaso, sede de dinheiro
ou de ascensão social.”?[18].
A arte (tal qual a
filosofia) tem um espaço razoável na escola e na universidade quando serve para
princípios decorativos de festas, hall
de entrada de eventos, confecção de materiais lúdicos, ‘masturbação’ de
artistas clássicos como memoráveis e insuperáveis, instauração de uma beleza de
acordo com a norma vigente socialmente... Enfim, os gritos que fogem disso tudo
são jogados à margem por aqueles e aquelas que engessam as pesquisas, definem o
que pode e o que não pode ser pesquisado, criado, vivido, levado aos territórios
escolares, aprendido, compartilhado... Todavia, a arte é devir, não cessa, não
para, atormenta o estado ‘natural’ da vida e não pede licença para entrar ou
surgir; ela invade, instaura-se, permanece, acaba-se, rompe, destrói,
reconstrói, processa-se, cerca-nos... como a dissertação de Tarcísio, que em
suas fissuras e aglomerados nas bordas, transborda-nos, fazem-nos cair... literalmente,
no chão. É como se dissesse: “Olá, possíveis! Aqui estou, vamos (re) pensar
isso aí”...
As críticas por sobre o
percurso produzido pelo autor e sua orientadora, na pós-graduação em Educação
da UFJF, foram subsídios para que comentários extremos pululassem nas redes
sociais, tanto aqueles realizados pelos ditos leigos e leigas, quanto aqueles
comentários ululados por aqueles e aquelas que se nomeiam pares acadêmicos;
compreendemos esses como algo que “não se trata de compreender o outro, mas de
vigiá-lo”[19]. A vigília funciona com a coerção: mesmo não
sabendo do que se trata, do que se fala e de qual lugar essa voz e essa
dissertação ecoam, é preciso vigiá-las, deixa-las à margem, apenas porque não
podem, não estão autorizadas, não estão julgadas como corretas.
Acreditamos,
entretanto, que o trabalho, em si, cumpre com um não papel, uma não coisa, pois
“um indivíduo adquire um verdadeiro nome próprio ao cabo do mais severo
exercício de despersonalização, quando se abre às multiplicidades que o
percorrem”[20]. Dessa maneira, a “ciência” utilizada por
Tarcísio desdobra-se em múltiplos, despersonaliza-se (se não ocorresse isso,
não seria Deleuze ou uma produção deleuziana – se é que tal coisa existe!), e
seu ‘não papel’ (des)materializa-se em vários âmbitos.
[...]
Sou um
montante de rostos sobrepostos
de
rostos que vi em outros,
de
rostos que trago em mim.
Sou
rostos fantásticos,
reflexos
enebriantes,
tensões
entre desejo e escape.
Sou
rostos estéticos,
paisagens
em luz e sombra,
estilhaços
imagéticos.
Estou
num instante desfigurada,
Sou
rostos do porvir
em
construções de areias e sonhos.
Sou
nada e fascículos inteiros,
Formatos
inexatos, fragmentos,
errância
e permanência.
Sou
por inteira multifaces,
Memória
reavivada e o hoje,
E única tão vária assim[21].
[...]
Não temos uma pesquisa,
temos milhares, temos muitas entradas! Tente engessar isso, enquadrar algo que
escapa, que foge, que é linha de fuga... Eis um desafio!
Se o nome do autor
escapa-nos, o corpo de seu trabalho se parte; a educação esquizita não apenas entra em fluxos como nos torna (leitores e
leitoras) um conjunto de singularidades soltas, de nomes, sobrenomes, unhas,
animais, pequenos acontecimentos[22].
Existem algumas possibilidades de leituras para o trabalho de Tarcísio, e o
próprio Deleuze nos apresentou essas diferentes formas. Numa tentativa quase
vã, tentamos compreender quais delas foram usadas por seus críticos e críticas:
É que há duas maneiras de ler um
livro. Podemos considerá-lo como uma caixa que remete a um dentro, e então
vamos buscar seu significado, e aí, se formos ainda mais perversos ou
corrompidos, partimos em busca do significante. E trataremos o livro seguinte
como uma caixa contida na precedente, ou contendo-a por sua vez. E
comentaremos, interpretaremos, pediremos explicações, escreveremos o livro do
livro, ao infinito. Ou a outra maneira: consideramos um livro como uma pequena
máquina a-significante; o único problema é: “isso funciona, e como é que
funciona?” Como isso funciona para você? Se não funciona, se nada se passa,
pegue outro livro. Essa outra leitura é uma leitura em intensidade: algo passa
ou não passa. Não há nada a explicar, nada a compreender, nada a interpretar. É
do tipo ligação elétrica[23].
Tarcísio e sua
orientadora, bem como seu grupo de estudos, estão amparados pelas leituras que
fazem de Deleuze e pelos modos de (re)pensar novos a vida, a escrita, a
filosofia, a ciência e arte-educação. Assim sendo, apostamos que pesquisa seja
“uma pequena engrenagem numa maquinaria exterior muito mais complexa”[24].
A escrita do trabalho lida com atenção extrema, é, além disso, um fluxo que
entra numa espécie de contra-corrente daquilo que se produz nas universidades
brasileiras. Ela é, sobretudo, a (re)existência dos modos de ler, pensar, agir
e transitar pelas fissuras da arte e da educação, ofertando-nos possíveis
outras possibilidades de nos percebermos e nos afetarmos.
[...]
“Decepcionar é um
prazer”[25]!
Continuaremos
decepcionando, sempre...
REFERÊNCIAS (porque não somos
loucos de cair na crítica por não ter citado nossas fontes dentro da ABNT)
DELEUZE,
Gilles & GUATTARI, Félix. O que é
filosofia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.
DELEUZE,
Gilles. Conversações. Rio de
Janeiro: Ed, 34, 1992.
HARAWAY, Donna. Saberes
localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da
perspectiva parcial. Cadernos Pagu,
Campinas, n.5, p. 07-4, 1995.
SOARES, Carmem Lúcia. Notas sobre o
corpo. Entretextos Entresexos,
Campinas, v.1, n.1, p. 49-52. 1997.
SOKAL, Alain; BRICMONT, Jacques. Imposturas Intelectuales. Barcelona:
Editora Paidós, 1999.
ROLNIK,
Suely. Pensamento,
corpo e devir: uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico. Cadernos de Subjetividade:
Núcleo de Estudos e Pesquisas da Subjetividade do Programa de Estudos
Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUCSP, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 241-51,
fev./set. 1993.
[1] Nome artístico,
contadeira de causos, bióloga corrompida e hibridizada pela estrada afora.
Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Biologia.
[2] Nome Social,
artístico, esquizo; alter-ego mezzo
modesto. Universidade Estadual de Maringá. PPE/UEM.
[4] Lembra Mario Quintana
que os caminhos são sempre atravessados... Eles passarão; portanto, que voem os
passarinhos!
[5] Diz Marilena Chauí,
que tem um Lattes bem gordo, porém, em sucessivas dobras por sobre docência,
pesquisa e militância, não se restringe a esse currículo e nem aos processos
subjetivadores da educação burguesa.
[8] Fragmento do Caderno
de Artista de Fabiana
[10] Não estava, mas agora
é fragmento do Caderno de Artista de Fabiana
[11] Por que a academia
implica tanto com as performances que envolvem nudez e a exposição do corpo, do
sexo e das leituras de gênero impressas em nossas peles?
_____________________________________________________
Muito obrigado Fabiana Fabulosa e Maddox.
Qualquer coisa que diga seria um impossível da palavra.
Deixo então meu silêncio para que as suas palavras ecoem e ajude tantos outros esquizos como nós a produzir vida na e da academia!
Beijuz
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