segunda-feira, 16 de abril de 2012

“O corpo cria pensamento? Ou o pensamento cria corpo? Ou o corpo como efeito do pensamento.”

Corpo pensamento produz corpo. Corpo pensamento. Pensamento como corpo. Pensamento come corpo. Corpopensamento. Corpopensamento neurótico. Pensamento do corpo? Corpopensamento cria corpo que cria pensamento. Pensamento come corpo produz corpo pensamento esquizo barreira delirante do real. Ficções de real. Consciente e inconsciente produzem real. Corpopensamentoconscienteinconsciente cria corpo. Pensamentocorpo cria corpo neurótico cria mãos lavadas muitas vezes, olhos que piscam involuntária-voluntariamente, boca que não relaxa entre dentes que mordem, cabelo arrancado fio por fio, movimentos repetidos e repetitivos, pânico, corpo em pane.  Que corpo? Que pensamento? Pensamentocorpo cria neurose, conscienteinconsciente, inconscienteconsciente. Pensamentocorpo cria sintoma, toma o corpo, come o corpo. Devora em pensamentos o corpo mãe e pai. Cria corpopensamento no divã da vida. Pensamentocorpo cria corpo tatuado, hippe, sexual, sexualizado, complexado, comercializado, fetiche, anoréxico, obcecado. Corpopensamento  cria objeto sujeito idealizado. Corpopensamento cria sujeito materializado, ideal materialista. Corpopensamento cria relações subjetivas. Corpopensamento observa relações, subjetividades. Pensamentocorpo cria inconsciente. Corpopensamento cria arte pensamentocomocorpointeiro[1], corpoalíngua[2]. Pensamentocorpo inconsciente cria corpo sintoma. Pensamentocorpo inconsciente cria consciente. Pensamentocorpo consciente cria inconsciente consciente. Pensamento cria corpo. Pensamento cria corpopensamento. Corpopensamento cria pensamentocorpo. Pensamentocorpo cria corpo. Corpopensamento cria corpo.


[1] MEDEIROS, M. B. ; MARTINS, F. A. . Corpos Informáticos: performance, corpo, politica. Brasilia-DF: Editora do Programa de Pós-Graduação em arte, UnB, 2011.

[2] ALCANTARA, Clarissa de Carvalho. Corpoalíngua: performance e esquizoanálise. 1 ed. – Curitiba, PR: CRV, 2011.

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