sábado, 29 de outubro de 2011

Recado de Nietzsche aos educadores:

"Em suma, o que logra o castigo no homem e no animal, é o aumento do medo, a finura da perspicácia, o domínio dos apetites: neste sentido o castigo 'doma' o homem, mas não o melhora; talvez pelo contrário (dos escarmentos saem os avisados, diz o adágio; mas também nascem os maus, e às vezes, por fortuna, os estúpidos)."
p.50
A Genealogia DÁ Moral

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

corpoescritatecido


Como falar quando se está amordaçado? E sem língua, agora, só linguagem.
Eu não sou analista. EU não sou. Não sou mestre(ando). Eu não sou doutor(ando). Eu não sou artista. EU não sou. Mim só não saber viver de outra forma.


¬¬¬
Deleuze assinou minha alforria. Que vale alforria num mundo liberto, da liberdade, livre? Ela não vale nada.
O ópio é estar junto dos iguais. Estou aqui porque não me identificando com todos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Manifesto de arte, Viva! [apesar do tempo, vale sempre lembrar]



Jorra ainda da fonte o sangue hemorrágico da arte. Ela morreu.

O histórico
            Apesar de tanto tempo, ainda não superamos o luto da morte de Duchamp e seus comparsas. Não houve revolução que restabelecesse o caos criativo. Vivemos em tempos ordenados, não é possível conexão, o corpo dicotômico cisma em si: fala um, faz outro.
O caos não é o sem ordem, é a des-ordenação, não óbvia, o novo.
A fonte secou. Ela está enclausurada em algum museu europeu (ih, rimou!). AINDA!? É hora de lembrarmos a utilidade do objeto: fazer xixi, urinar de pé, sobre dois pés, bípede: condição humana. Temos que re-viver ou viver a objetividade do mictório, nos lembrar de nossa condição humana. Hum... a morte!

Conclusão
Onde estamos errando, meu deuseS? Procuremos o local d’onde aquele francês retirou aquele objeto, devolvê-lo ao seu lugar. Já se tornou inútil [útil] de mais. É hora de concluir o funeral da arte que se mostra mais ou menos há um século. Ela já não serve mais. Serviu a quem?
Não somos de guardar luto. Contemplamos, pecando cada vez mais, com olhos marejados de temor, perplexos, paralisados o símbolo morto do homem seminu de braços abertos. O que estamos esperando?

E o que vem depois: vida, pós-morte.

Coisas coladas: George Maciunas, um dos fundadores do Fluxus, redige em 1963 um manifesto em que diz: "Livrem o mundo da doença burguesa, da cultura 'intelectual', profissional e comercializada. Livrem o mundo da arte morta, da imitação, da arte artificial, da arte abstrata... Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma realidade não artística, para ser compreendida por todos [...]". retirado de http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3187

Tempo de Netuno

É.
No furacão. Tudo medido para que o acontecido não acontecesse. Inútil tentar controlar.
Agora, é voar um pouco. Girar por muito, sem saber onde parar, quando parar. Agarrar alguma coisa.
É preciso?
E o corpo e a arte? Onde está a arte? Que arte?
Arte verborrágica só se for literatura, fora isso, não é. Não serve para nada. Teorias, teorias, teorias contra teorias.
Enquanto puderem, enquanto quiserem, enquato mentirem: escrevam o já escrito de um jeito novo. Ou escrevam o não escrito de um jeito já dito. Mas nestes dois casos, nada de novo. De novo.
Para o novo, escreva o não escrito de um jeito-modo não dito. Compreendido, talvez. Certo é que será tecido de prazer e o entendimento, este amigo da razão, por horas não goza, só pensa. E pesa.
Arte é prazer que cria seu próprio entendimento, que cabe em tudo, mas nem tudo cabe à arte.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O quê?

Corpoescritatecido - Setembro/Belo Horizonte - MG
Com Nina Veiga

Johann Wolfgang von Goethe

"Do que adianta você ter esta alma colada aos ossos dessa carne errada ?
Sem o risco, a vida não vale a pena.
Se você não quiser arriscar, não comece.
Isso quer dizer: se você arriscar, perder namorada, esposa, filhos, emprego, acabeça, e até a alma.
Mas, é sempre melhor isso do que olhar pra todas essas outras pessoas que nunca acertam porque nunca se propõe ao risco."

Ensaio sobre a cegueira. josé saramago

“O médico só disse, Se eu voltar a ter olhos, olharei verdadeiramente os olhos dos outros, com se estivesse a ver-lhes a alma. A alma, perguntou o velho da venda preta, Ou o espírito, o nome pouco importa, foi então que, surpreendentemente, se tivermos em conta que se trata de pessoa que não passou por estudos adiantados, a rapariga dos óculos escuros disse, Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.”

Presente do facebook, por Mirela Ferraz

Gosto

Eu não gosto de criar textos, eles geralmente não criam significado nenhum e continua a incompreensão.
Mas, graças sejam dadas àqueles que criaram coisas que, sem dúvida nenhuma, é de minha autoria.

É tempo de mudança.

Gosto de citar "porque todas as histórias já são conhecidas"(Renato COHEN)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A inutilidade da escola [de arte] por Klauss Vianna

"Reafirmo que essas escolas são inúteis porque seus quadros são formados por professores que têm uma mentalidade antiga, ultrapassada, uma visão conservadora da arte. E são exatamente essas pessoas que formam crianças e jovens, que saem dessas escolas já inteiramente malformadas e desinformadas em relação à dança.
Ao invés de escolas oficiais de dança, deveriam ser criados centros de reciclagem para quem quisesse ser professor, para que estes pudessem acompanhar melhor o que existe de mais moderno na didática ou na técnica de dança."

A dança - Klauss VIANNA, p. 44